"Tens Tudo a Dar, Não Percas Tempo..." - (Lema 2011/12)

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Solenidade Sagrado Coração de Jesus


Avelãs de Caminho, 15 de Junho de 2012
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus


« Magnus Dominus et laudabitis nimis, nunca utem parvus et amabilis nimi »


Irmãos do GJMAC e amigos do GMC e GMTT e demais conhecidos e leitores.
A igreja celebra hoje mais uma solenidade. Diria eu que a solenidade do Amor de Deus pelos homens. É pelo coração sofredor de Jesus pendurado na cruz que a humanidade é redimida. O Senhor Jesus sofreu na misericórdia do seu coração pelos males da humanidade.
Poderia dizer muitas teorias teológicas, mas de que vale dizer muitas coisas se em obras não mostramos? Já dizia São Paulo “Mostra-me as tuas obras, que pelas minhas obras mostro-te a minha fé”, creio que este apostolo dos gentios está correctíssimo. De que vale dizer ter fé, se essa mesma fé fica pela teoria?
“Deus é amor, atreve-te a viver por amor” diz uma música de Taizé. Quem é que aceita o desafio de viver por amor? Quem faz as coisas gratuitamente numa entrega de amor? Viveis por amor? Por amor ao próximo? Por amor a cada irmão que a nós recorre?
Cada vez menos é visível este mandamento de Deus, “amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”. Estamos nós a ser correctos? Estamos nós a precisar de ouvir umas verdade de São Paulo? Pois muitos dizem fazer, mas pouco mostram… e nós missionário quantas vezes compramos guerrinhas, quantas vezes alimentamos guerrinhas? Não devíamos ser meio de amor? Não é suposto haver uma entrega? Recuso-me a dizer sem fazer… “Vale mais fazer sem louros, que louros ter sem nada fazer”…
Mas o Sagrado Coração de Jesus é simples, simples como os pobres, simples como os pequenos, simples como uma criança. E é próprio de uma criança ser simples, tal como o menino no presépio, Magnus Dominus et laudabitis nimis, nunca utem parvus et amabilis nimi. - “O Deus todo poderoso adorável no céu fez-se pequeno e amável”, diz-nos S. Bernardo. Este é um mandato de simplicidade. Dêmo-nos com simplicidade; simplicidade do espírito da fé sempre pronta e completa, simplicidade do coração no amor puro e ingénuo, simplicidade na palavra, simplicidade nos desejos, simplicidade no nosso exterior. Puer cum pueris, cum floribus, cum brachiis libenter esse solet – “O menino compraz-se com os meninos, gosta das flores e das carícias” diz-nos São Boaventura. Se queremos agradar a este divino menino, de coração simples, é preciso que nos tornemos crianças como ele, isto é, simples e humildes; que lhe tragamos as flores das virtudes mais amáveis, a simplicidade, a doçura, a humildade; é preciso que apertemos o seu coração nos nossos braços com amor.
Preferi falar-vos do coração de Jesus pela forma que talvez não estejam lá muito habituados, mas é a que mais gosto, daí partilhar esta visão do Sagrado Coração de Jesus Menino.
Mas mesmo que olhemos para um coração de Jesus trespassado como iniciei esta mensagem, olhemos o que nos diz Ana Maria Javouhey, “Tenho muita pena das pessoas que sofrem e não sabem aproveitar os sofrimentos que o Céu lhes envia para merecerem uma felicidade eterna”, tal como Jesus sofreu pelo seu Sagrado Coração trespassado, para remissão do mundo, sejamos nós capazes de sofrer e aproveitar esse sofrimento em prol da felicidade eterna como nos diz a Madre Javouhey.


Em espírito missionário,
Micael Vidal, Coordenador do GJMAC;
Paróquia de Santo António, Diocese de Santa Joana Princesa

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Festa de Santo António


Mensagem da Festa de Santo António
Padroeiro de Avelãs de Caminho e Secundário de Portugal

As minhas fraternas saudações aos meus irmãos do GJMAC que se alegram na Festa de Santo António, nosso Padroeiro. Ainda as minhas saudações para os demais amigos e conhecidos do GJMAC.
Vivemos num tempo conturbado, quer pela vida política, quer pela questão económica e ainda mais grave pela questão social. Mas que andamos nós afinal a fazer à face da Terra? No século XII um jovem, filho de famílias abastadas, renunciou aos seus bens e fundou um movimento que ainda hoje a igreja se alegra. Foi São Francisco este homem singular na história da humanidade, que tendo tudo, nada quis… e hoje a maioria nada tem e tudo quer… Francisco de Assis dedicou-se aos que nada tinham e aos doentes… hoje desprezamos os que nada têm e os doentes… quantos e quantos idosos são enviados para os lares e lá ficam a morrer sós e abandonados. Hoje a lepra está controlada e tem tratamento, Francisco de Assis mesmo assim dedicou-se a eles de alma e coração. E nós que fazemos?
Mas não era de Francisco de Assis que vos queria falar, era de Fernando de Bulhões. Este senhor, contemporâneo de Francisco de Assis, tornou-se Frade da ordem dos Franciscanos Menores, era de Lisboa, todos o conhecemos das festas que Portugal celebra. Frei António, nome com que foi canonizado e popularizado, partiu para as missões, era um hábil pregador e embarcou na aventura missionária. É verdade, não é conhecido como Missionário mas como pregador, não que um missionário não seja um hábil pregador, não que um missionário tenha de percorrer os Km que Frei António não percorreu, Santa Teresa do Menino Jesus é padroeira dos missionários e foi uma irmã contemplativa. Frei António partiu para o norte de África mas logo adoeceu. Não sendo mártir da doença regressou, mas diz a história que os ventos rumaram o navio para Itália, verdade ou não foi o rumo que Santo António teve, andou em Itália, por França, mas só voltou a Portugal uma vez… quando o seu pai faleceu, sim é um milagre esteve em Itália a pregar e ao mesmo tempo em Portugal no funeral do seu pai.
Foi tão missionário como os outros, estar em missão é passar as barreiras do coração, é estar ao serviço, foi o que Santo António fez. Ainda discutem se Santo António é de Lisboa ou de Pádua, de Lisboa por lá ter nascido, de Pádua por lá ter falecido e lá estarem as suas Relíquias no maior templo em sua honra levantado. Eu porém digo que Santo António é de Avelãs de Caminho, isto porque é nosso padroeiro. Com isto quero-vos dizer que não importa de onde somos, importa o que somos e o que fazemos.
Santo António deve ter muito com que se rir quando se depara com estas questões mesquinhas e não reparam que a sua obra é superior em muitas léguas à questão de onde é…
Ainda deve ter mais espanto com o caminhar que as pessoas fazem. Para onde caminham as pessoas? Quem celebra a sua Festa com que sentido o faz? Devemos continuar a realizar procissões solenes e grandiosas quando o sentimento do acto já há muito se perdeu?

Santo António, nosso padroeiro, que olhamos o teu exemplo, numa casa de Deus onde temos um brasão franciscano por razões históricas, protege este teu povo de Avelãs de Caminho e o povo de Lisboa e de Pádua e todo o povo de Deus, todas as ovelhas que se vão desviando deste nosso rebanho que é o povo de Deus.

Na certeza que Santo António por todos nós zelará, votos de uma santa Festa de Santo António.

No espírito missionário, compromisso pelo baptismo,
Micael Vidal, Coordenador do GJMAC ,
Paróquia de Santo António de Avelãs de Caminho
Diocese de Santa Joana Princesa de Aveiro

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Trilho de Maria

Estão abertas as inscrições para a Actividade "Trilho de Maria", mais informações contactar o coordenador.
"Vem Caminhar até Maria!"

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

As Cinco Chagas do Senhor


Avelãs de Caminho, 7 de Fevereiro de 2012

As Cinco Chagas do Senhor – Festa em Portugal

Irmãos do GJMAC, afilhados do GMG, amigos do GMTT e GMC, Irmãs de São José de Cluny e amigos,

Vivemos hoje a Festa das Cinco Chagas do Senhor. O culto desta Festa remonta ao início da nacionalidade de Portugal. Tamanha importância sempre foi dada às Cinco Chagas do Senhor, que a própria bandeira nacional ainda hoje as sustenta. Assim esta devoção valeu uma festa particular para Portugal a partir de Bento XIV que se celebra a 7 de Fevereiro de cada ano.

Esta Festa muitas vezes diluída, nas demais festas litúrgicas tem, para mim, um especial significado. O facto deve-se ao acto que representam as chagas. As quatro primeiras da crucificação lembram a entrega que Jesus fez por cada um de nós. E por fim, mas não menos importante, o coração trespassado, entrega e sinal de Amor pela humanidade. E nós o que fazemos quando um simples espeto nos toca? Reclamamos e ficamos irrequietos. E nós missionários quando temos percalços de missão, porque tanto resmungamos quando Jesus foi trespassado nos pés e nas mãos e por fim no peito sem nada nos pedir em troca e para nos salvar?

Deixo-vos, para reflexão, um excerto do hino das vésperas de hoje:

Cinco Chagas, cinco fontes

Com água de vida eterna,

Onde as almas sequiosas

Podem matar a sede!

Depois de ressuscitar,

Guardou Cristo estes sinais

Do combate Glorioso

Em que venceu o inimigo;

Para que as chagas visíveis

Mostrasses às gerações

A ferida invisível

Do amor mais forte que a morte;

Vivamos esta Festa, das marcas da Salvação da Humanidade, com a alegria missionária que sempre nos acompanha, que sempre a devemos trazer em cada dia.

Deste vosso Amigo,

Micael Vidal

(Coordenador do GJMAC)

sábado, 24 de dezembro de 2011

Mensagem Solenidade do Nascimento do Senhor

“E deu à luz a seu filho primogénito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.”
Lucas 2:7

Irmãos do GJMAC, Amigos do GJMAC, Conhecidos do GJMAC;

Vivemos mais uma quadra Natalícia. O Natal é um tempo especialíssimo. Primeiramente porque Nasceu Jesus Cristo nosso Salvador. E se deixarem esta alegria de fora, não chamem “Natal” ao Natal. Viver esta quadra sem o verdadeiro sentido da festividade é como assar um espeto. Achais que um espeto no forno é leitão? Pois eu acho que se não tiver lá o leitão não podemos chamar ao espeto “leitão”. Tenhamos como principal convidado neste Natal o Menino que se faz pequenino e frágil. Esta é a alegria do nosso Natal. Se assim procedermos podemos estar certos que a crise económica que hoje vivemos não afectará o nosso Natal. Mais que não sermos afectados por esta crise económica, conseguiremos superar a crise de valores que hoje, em pleno século XXI, avassala o mundo.

Viver o Natal não é enviar mensagens sem fim a desejar um Feliz e Santo Natal, como se de um disco gravado tivéssemos a tocar constantemente nesta quadra e à medida que iam surgindo os nomes de amigos e conhecidos meteríamos o disco a tocar, mais grave, o Natal não é uma quadra para escrever um e-mail com estas palavras típicas e enviar para toda a lista de contactos e no fim ficarmos cheios que todos receberam o desejo de “Boas Festas”. Estaremos nós, cristãos, a ser justos e coerentes em desejar festas felizes, se este desejo é vazio e se deixamos Jesus, nas palhinhas deitado, abandonado? Que cristãos somos nós que falamos do Natal e deixamos Jesus Menino fora dos nossos desejos? Jesus não vai nascer de novo. Nasceu sim à cerca de dois mil anos e não vai volta-lo a fazer em Belém. Mas o Natal vive-se para que o Menino que em Belém nasceu possa nascer em pleno século XXI no coração de cada um de nós. Esta é a magia do Natal, um Menino que nascido à dois mil anos, quer de novo nascer no coração de cada um de nós. Sejamos mensageiros verdadeiros deste Menino que quer nascer e sejamos nós meio para que Ele possa nascer no coração daqueles que nos rodeiam mais de perto, não digo para deixarem de enviar saudações de Natal, mas que essas saudações de Natal sejam verdadeiras e que não deixem de lado a mensagem deste Menino que quer nascer em cada um de nós.

Na certeza que Jesus Menino nascerá em cada um de Nós,

Um Natal com Jesus Menino, sãos os votos do coordenador do GJMAC,

Micael Vidal

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Caminho de Belém... com Alegria!

A fé é, em Jesus, uma fé alegre. Acreditamos num Deus que é alegria. Não num Deus severo que só nos apresenta proibições. Acreditamos num Deus libertador, que nos renova, que nos inunda como Seu Espírito Santo e nos torna capazes de mudar o mundo como objectivo de acabar da tristeza. Esta alegria não se resume apenas a nós, portanto temos de a espalhar pelos outros. Como disse Jesus:“O que recebemos de graça, devemos dar de graça”. Portanto, devemos anunciar a nossa Fé com entusiasmo.