"Tens Tudo a Dar, Não Percas Tempo..." - (Lema 2011/12)

sábado, 15 de outubro de 2011

XXIX DOMINGO COMUM – A

Is 45, 1.4-6; Sl 95, 1 e 3. 4-5.7-8.9-10ª.c; I Ts 1, 1-5b; Mt 22, 15-21

O reino de Deus constrói-se no reino dos homens

"Não é Deus que constrói, dá ou traz um reino para nós. Ele nãoé o dono de nenhum reino; Ele é o reino de Deus. Onde Ele está,está o seu reino. Quem o aceita, quem o anuncia, quem o constrói, anuncia e aceita o reino de Deus. A história da salvação não tem um plano A para determinadaspessoas ou situações e um plano B para outras situações ou pessoas. O reino de Deus já está no meio de nós mas continua a construirsesegundo o plano único de Deus, seguindo as políticas apresentadas por Jesus. As outras, políticas de partidos, de poder, de economia, detendências, de comunicações sociais, são os novos ídolos ou “deuses gentios” que aparecem hoje a substituir o verdadeiro “Senhor que governa os povos com equidade” (salmo).Quando os fariseus puseram a Jesus a questão da legitimidade das leis e dos impostos não foi para ficarem esclarecidos mas para tentarem dividir o reino de Deus, e o colocarem em oposição ao reino de César. Jesus, “conhecendo a sua malícia”, pois tinham-se reunido“para deliberar sobre a maneira de O surpreender no que dissesse”,transforma uma questão política numa questão moral: “porque Metentais, hipócritas?” (Evangelho). Assim desmascarados, foi mais fácil desmistificar o artificio da questão proposta. A Política é mais arte do que ciência. Já Platão dizia que os males não cessarão para os humanos enquanto a raça dos puros e autênticos não chegar ao poder, ou antes, que os chefes das cidades, por uma divina graça, se ponham a pensar verdadeiramente. O projecto político platónico foi traçado a partir da convicção de que a cidade-Estado ideal deveria ser obrigatoriamente governada por alguém dotado de uma rigorosa formação ética e filosófica. Projecto que não está longe do proposto no Evangelho, por isso mesmo muito longe de ser conseguido porque temos nos poderes políticos mais a “raça de víboras” denunciadas por Jesus do que a “raça dos purose autênticos” que Platão lamentava não existirem."

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